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A voz do violino

Em apenas sete anos de existência, o comissário Salvo Montalbano conquistou seu lugar na galeria dos ilustres detetives da literatura policial, ao lado de Sam Spade, Phillippe Marlowe, Lew Archer e Inspetor Maigret. Seu criador, o italiano Andrea Camilleri, fez questão de criar um policial diferente, avesso às armas, culto, dono de gostos refinados, apesar do 'jeitão' siciliano de ser, que Montalbano exerce com todo charme e perspicácia em A VOZ DO VIOLINO, mais um título da Coleção Negra, dedicada aos mestres da literatura noir. Nesse terceiro livro da série especial Noir Europeu, Camilleri transforma o acaso em companheiro de trabalho de Montalbano. Por conta de um acidente de carro sem importância, o comissário esbarra num intrincado crime: o estranho assassinato da bela Michela Licalzi. Entre uma investigação e depoimentos, o detetive siciliano ainda enfrenta crises pessoais como a rejeição do filho adotivo e brigas com a namorada. Mas nem isso faz com que Montalbano perca seu faro de policial ou seu paladar apurado. Bon gourmet, o comissário faz das refeições um momento de meditação: enquanto se delicia com pratos de merluzas frescas, servidos com um suave tinnirùne, ou uma pasta 'ncasciata, matuta sobre o crime e, entre uma garfada e um gole de bom vinho, acaba sendo o único a perceber uma nota desafinada em uma sinfonia criminosa extremamente bem orquestrada. Andrea Camilleri, hoje com 76 anos, criou o personagem de Montalbano há apenas sete anos, transformando-o em um dos grandes inspetores da literatura noir. Publicou pela Editora Record, na Coleção Negra, série especial, os romances A Forma da Água, O Cão de Terracota e O Ladrão de Merendas.





Last modified Saturday, July, 16, 2011